Mais um episódio acima da média, com a volta
de alguns personagens e grandes revelações sobre o passado de outros.
Once
upon a time não cansa de me surpreender. Cada vez que
assisto um novo episódio, fico pensando na genialidade dos criadores e
roteiristas, que amarraram os pontos principais da história tão perfeitamente que
eu dificilmente consigo encontrar furos no roteiro. Eventos da temporada passada
que só estão sendo explicados agora, flashbacks, personagens já (quase) esquecidos
de volta e causando mudanças importantes, adições de mistérios e novas
informações sobre a mitologia da série são acontecimentos corriqueiros
na trama, levando os fãs a passarem a semana formulando teorias com todas as informações acrescentadas em cada episódio.
Listo aqui alguns pontos levantados nesse “We are both”
para ficarmos refletindo até o próximo domingo (ou segunda):
- Descobrimos através do “experimento” do
corajoso Atchim que os moradores de Storybrooke não podem ultrapassar as
fronteiras da cidade, correndo o risco de perderem todas as memórias adquiridas
em Fairy Tale Land. Será que isso foi planejado por Regina quando lançou a maldição?
Ou será que temos o dedo de Rumple nessa história? A julgar pela reação dele
quando Charming o comunica, parece que desta vez ele não estava ciente mesmo.
- Alguns personagens queridos por muitos fãs estão de volta: August/Pinóquio, que mal apareceu e já está sumido de novo;
Jefferson/Chapeleiro Maluco, que com apenas duas ou três frases já
conseguiu nos deixar curiosos com os rumos que seu personagem irá tomar e quão
importante ele será para trazer Emma e Snow de volta; um flashback que veio bem
a calhar para nos explicar como os poderes de Regina surgiram e quanto sua mãe
(e até mesmo seu pai) influenciaram nas decisões que ela tomou.
- Tivemos a justificativa para um dos
mistérios da première: como Regina conseguiu atacar Charming se os seus poderes
tinham supostamente sumido? Achei a solução preguiçosa. Dizer que foi uma “anomalia”
não colou. Os roteiristas poderiam ter usado algo mais elaborado, algo como a
influência de Emma sobre Regina, não sei.
- E o pobre David tendo que acalmar os
moradores em meio ao caos, fazer discursos motivacionais e negociar com Rumple, tudo ao mesmo
tempo, e ainda enfrentar Regina e tentar salvar Henry das garras dela? Muita
responsabilidade para aquele que passou mais da metade da primeira
temporada sendo taxado de “sonso” e covarde. Estou feliz com os rumos que o
personagem está tomando e como ele cresceu na série. Josh Dallas está muito
mais convincente e nesse episódio ficou ainda mais
evidente como ele e o Jared Gilmore contracenam bem.
- Nas tentativas frustradas de David de ir
para o outro lado, tivemos uma menção à um item que há muito não se falava: a árvore
que trouxe Emma para o “nosso mundo”. Será que isso vai ter importância mais a
frente na trama? Pode ser que não, mas de qualquer forma fica o registro.
- Visitamos mais uma vez o passado da Evil
Queen, dessa vez para saber de onde vieram seus poderes. Muito estranho ouvi-la
dizer que não queria poder, e sim ser livre. Sua mãe Cora, que já na primeira
temporada se revelava ser ainda pior que a filha, com a frase “poder é
liberdade”, me fez lembrar de Cersei Lannister (Game of Thrones), outra rainha
que não mede as consequências de seus atos. Quanto da crueldade de Cora tem
Regina?
- Outra que está de volta, ainda que em uma aparição
curtíssima, é a pequena Snow, incrivelmente parecida com Ginnifer Goodwin e
dando show de interpretação. Serviu para mostrar que Regina inicialmente não tinha
intenção de puni-la (ao menos não explicitamente).
- A cena com o pai, mostrando uma Regina
insegura, emocional, eu diria até mesmo fraca, sem forças para lutar com a mãe, foi impressionante. É incrível como Lana Parrilla consegue fazer com que
acreditemos em duas personalidades tão antagônicas. Devo confessar que apesar
de amar a Evil Queen bitch, adoro essa ingenuidade da Regina antes de ter seus poderes.
- Quando falei no começo dessa review que
fico impressionada com a forma com que os roteiristas amarram as pontas da
mitologia da série, estava falando por exemplo dessa nova informação, de ter sido Rumple que “iniciou” Cora na magia. Nunca tinha me passado pela cabeça essa possibilidade, mas depois percebi que
isso era mais que óbvio.
- O mesmo livro que Cora leu para aprender
magia foi dado a Regina por Rumple, que a incentivou desde o início a usar tais
recursos. Ok, por que então o livro voltou para ele, com Regina tendo que ir
buscá-lo na loja de Mr. Gold? E afinal qual o interesse dele em entregar o livro,
sob a alegação dela de que queria recuperar Henry? E o que tinha naquela caixa
que ele não quis que Regina visse?
- Outra personagem que cresceu nesse episódio
foi Ruby, que apareceu várias vezes ao lado de David tentando organizar a
cidade. Daqui a pouco aparecem os shippers para que eles formem um casal (se é que já não existem).
- Interessante a tentativa do Henry de fugir da
casa da mãe (da forma mais clássica possível), e como fizeram o paralelo com a
tentativa de fuga de Regina, que queria persuadir o filho a aprender magia. Da mesma
forma que a Evil Queen fez com Cora, Henry também se recusa. Só eu
achei que Regina aceitou o desprezo dele muito pacificamente? Acho que ela já
deve estar pensando em outra forma de convencê-lo a juntar-se a ela, porque não
acredito em um acesso de bondade como esse em se tratando dela, nem que ela
pretende mesmo se redimir, tanto é que desistiu de queimar o livro que contém
os feitiços.
- Pontos importantes do passado da Evil Queen
vieram à tona, como por exemplo a forma como ela se livrou da mãe e o quanto
gostou desse primeiro ato usando magia. Tudo aconteceu por influência de Rumple ou da criação que a mãe lhe deu ou por Cora estar obrigando ela a casar ou ainda pela pequena Snow tê-la dedurado e causado a morte de Daniel? Ou foi tudo isso em conjunto? E mais importante nessa altura do campeonato: quando e o que
Rumple vai pedir em troca de tê-la ensinado todos esses truques?
- Regina confessa a David que a Floresta
Encantada continua lá. Por que ela mentiu no episódio passado então? Por que Mulan e Aurora são consideradas sobreviventes?
- Só nos instantes finais vimos Emma e Snow,
que agora são prisioneiras de Mulan e Aurora. Repararam como Emma estava
preocupada com a mãe quando ela desmaiou, comportamento bem diferente do da
semana passada? E Snow, vai reconhecer Cora quando acordar e aceitar a ajuda da malvada-mor para voltar para Charming?
Perguntas, perguntas e mais perguntas! Espero
que algumas sejam respondidas o mais rápido possível. Até semana que vem.
PS 1: alguém sentiu falta da Belle? Eu não.
PS 2: onde se enfiou Pinóquio, se no começo do episódio vimos que ele continuava imóvel? Alguém o ajudou ou o feitiço se reverteu?