Depois de quatro intermináveis semanas de blind auditions, começou a minha parte preferida do programa: as batalhas. Gosto de ver os ensaios, os cantores tendo que se virar e cantar aquilo que o coach decide (muitas vezes fora da sua zona de conforto), alguns duetos/duelos inusitados, enfim... É agora que os candidatos vão provar definitivamente se estão preparados para enfrentar a opinião no público nos live shows. E nesse primeiro episódio só terminei decepcionada com o resultado de uma batalha. Incrível!
Como se não bastasse, nessa
temporada os produtores decidiram inovar e acirrar a competição entre os
coaches: quando um artista é derrotado, os outros
técnicos podem “roubá-lo”, fazendo com que este passe a fazer parte do
seu time. Genial! Já pensaram se um dos artistas “roubados” ganha a temporada?
Seria engraçadíssimo de acompanhar, confesso que estou torcendo pra que isso
aconteça, ou para que pelo menos um deles chegue à final!
E a
primeira batalha da temporada ficou por conta de Terry McDermott e Casey
Muesiggman, cantando “Carry on wayward son” e a justificativa do Blake de ter
colocado os dois para duelarem por possuírem vozes poderosas ficou evidente
quando eles iniciaram cantando lindamente a capella. Terry estava na sua zona de conforto e sua voz se destacava
mais, até pelo timbre mais agudo e por ter a voz mais “pura", como disse Michael
Bublé nos ensaios. Terry acabou sendo escolhido e, como eu acho
ele a melhor voz masculina desse time, espero que passe dos knock outs sem grandes dificuldades.
O próximo
duelo foi entre Bryan Keith e Collin McLoughlin (pois era óbvio que
Adam ia fazer o favor de colocar meus dois homens preferidos do time dele para
disputarem uma vaga nos knock outs!!) Cantaram “Santeria”, uma canção que não favoreceu nenhum dos dois. Nos ensaios
Mary J. Blige sugeriu a Collin que cantasse com mais emoção, conselho que
ele colocou em prática. Cantou com muita vontade, muitas vezes tentando
confrontar Bryan, que estava mais tranquilo. A voz suave de Collin com a rouquidão
de Bryan combinaram muito e eu fiquei dividida, pois adorei a performance
dos dois. Depois de muita indecisão Adam acabou escolhendo Bryan e quando
Collin estava agradecendo a oportunidade de participar do programa, Blake e
CeeLo apertaram seus botões e inauguraram o “steal”, quando eu já lamentava a eliminação. Muita emoção Brasil! Dessa vez o cantor escolheu ser team Blake.
A primeira
batalha do team CeeLo foi entre o fenômeno do Youtube JR Aquino e Diego Val, cantando
“Jessie’s girl”. A música favorecia Diego, pois como Rob Thomas disse, ele tem
uma voz clássica de rock; por outro lado, inglês não é a sua língua materna e
ele se perdeu bastante nos ensaios, pois não era familiarizado com a canção. Apesar
de ter sido uma performance bem animada, com a plateia batendo palmas o tempo inteiro,
a música não beneficiou nenhum dos dois e parece que ficou faltando algo. Foi tudo
muito linear, mesmo assim CeeLo disse que os dois foram excelentes, mas acabou
escolhendo Diego, um alívio para mim, que espero que ele passe pelos knock outs
sem sofrimento.
Tivemos
então De’borah contra Nelly’s Echo com a música “Message in a bottle” do The
Police. Nos ensaios ele ganhou pontos comigo ao perguntar para
Christina se podia ter algumas liberdades para cantar a música, ao que ela
permitiu, com o aval de Billie Joe. Achei interessante Nelly’s querer mostrar
do que é capaz, até porque já tínhamos visto na audição que ele precisava de pouco (ou nenhum)
treinamento, pois já é um artista completo, enquanto De’borah estava tendo
dificuldades com o tempo da música e com a letra. Mas no ringue as coisas não saíram
como o esperado. Nelly’s, apesar de ser muito mais experiente, parecia nervoso
e cantando no tom errado. Já De’borah surpreendeu e mostrou muita confiança e presença
de palco, se tornando uma forte candidata para chegar aos live shows.
A segunda
batalha do team Blake foi entre 2 steel girls e Garcia Harrison, a country mais pimpada das audições, portanto eu já tinha uma ideia de
que ia me decepcionar com o resultado. E não deu outra. A performance delas de “Sin
wagon” não me animou, fiz pouquíssimas anotações, em partes porque não gosto
desse tipo de música. Aquela harmonia entre a dupla que eu tinha visto na audição
desapareceu, e Garcia, mais confiante e à vontade com a música, acabou se
saindo melhor. Ponto para ela, pois eu sempre acho que artistas que batalham
contra duos levam certa desvantagem. Em se tratando de team Blake, é muito
provável que ela passe dos knock outs (e óbvio, também para provocar o Adam,
que desde as blind auditions vem falando que a queria muito no seu time).
O última
duelo do episódio colocou frente a frente as “divas” do team CeeLo, Amanda
Brown e Trevin Hunte, cantando "Vision of love", cuja intérprete é ninguém menos
que Mariah Carey. Com essa informação já dava para concluir que a performance
seria dominada pelos agudos. Pois bem, baixei o som do meu computador, pois
como já contei, não gosto dessas apresentações que se resumem a “gritos”.
Enquanto
Trevis parecia inseguro nos ensaios, Amanda, que segundo ela sempre cantou músicas da
Mariah, estava tranquila e até confiante demais, às vezes demonstrando uma
postura ligeiramente arrogante. Na batalha Trevin parecia querer desesperadamente mostrar seu alcance vocal, eu achei inclusive que ele exagerou
em vários momentos. Mas a plateia e os coaches foram à loucura; todos
aplaudiram de pé (Adam até subiu na cadeira e disse que CeeLo foi burro de
parear os dois). CeeLo escolheu Trevin e os outros três, depois de
tantos elogios, obviamente a quiseram em seus times. Ela decidiu
ir para time do Adam e, considerando que é o time mais
forte, pode ser que não chegue aos live shows, mas nunca se sabe.
Fazendo
um balanço desse primeiro dia, o que posso dizer é que os conselheiros, especialmente
Mary J. e Billie Joe, estavam bem tímidos. Michael falou bastante, até mais do que o próprio Blake, e Rob deu vários conselhos valiosos.
Em relação
às performances, tivemos boas escolhas de músicas e pareamentos justos na
maioria das batalhas, além de escolhas acertadas de quem deve seguir para os knock
outs. Que assim permaneça.